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O Largo das Casas Velhas

 

Era ali, onde hoje se encontra o Largo Edmundo Machado Ávila e que continuam a chamar “Largo do Cruzeiro”, que antigamente era conhecido pelas “Casas Velhas”. O Largo, na sua dimensão actual data dos princípios dos anos quarenta. Quando construído o Largo nele foi colocado o Cruzeiro da Independência e Restauração de Portugal, aquando do Duplo Centenário daquele importante marco histórico, precisamente em Dezembro de 1940.

O antigo Largo das Casas Velhas mais não era do que o entroncamento das ruas Direita, de São Francisco com o desvio para a rua da Pesqueira. Quando da construção da rua de S. Francisco, antes era um caminho rústico e sinuoso, é que se fez o desvio da mesma para a Rua da Pesqueira expropriando-se o terreno que ficava no triângulo.

Em 1942 o Largo foi calcetado, aproveitando-se os calceteiros que vieram do continente calcetar a estrada Lajes - Piedade que ficou concluída nesse tempo. Até então, nada se fazia nas ruas da vila; apenas um tarefeiro que, anualmente, arrematava os trabalhos de limpeza do burgo, limitava-se a, de tempo a tempos, limpar as valetas que ladeavam os caminhos das ervas que nelas cresciam.

O mesmo acontecia com as outras vilas da Ilha.

A Madalena melhorou-se, substancialmente, com o projecto de arranjo e calcetamento das respectivas ruas, por iniciativa do Governador Eng.º Mascaranhas Gaivão, salvo erro, pelas afinidades que então criou naquela vila…

O Cais do Pico deve a sua urbanização ao Coronel Linhares de Lima, dali natural e que, quando ministro do Interior, mandou elaborar o respectivo plano de urbanização. No entanto, nem sempre estiveram de acordo os naturais, principalmente, quando a Direcção de Obras Públicas resolveu fazer a variante do cais da Alfandega para S. Roque pois, diziam, que as habitações que ficavam a seguir ao edifício da Alfandega, então construído, ficavam “devassadas” com as traseiras dos edifícios para a nova estrada.

Reclamaram – e “O Dever” arquiva a reclamação – mas nada foi conseguido. A variante foi construída. As casas foram beneficiadas e hoje ninguém descobre as anomalias que então se alegavam. Verdade que o antigo troço de estrada, onde existia um importante, para o tempo, comércio de fazendas, está praticamente esquecido, mas o Cais do Pico melhorou substancialmente a sua estética urbana.

É do tempo a antiga Casa Âncora e o respectivo Café, uma novidade para o meio, assim como a “esplanada” na qual se transformou uma eira que lhe ficava fronteira, do lado do mar. Mas a Casa comercial já desapareceu e outros estabelecimentos surgiram o que, aliás, vai acontecendo em todas as terras ditas civilizadas.

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